Diário de Bordo 4

 

Sessão número 8 - Mediação

    No dia 22 maio, o tema da sessão era a Mediação, sendo a última sessão sobre a temática, pois após esta sessão só estavam previstas duas únicas sessões para a avaliação do Projeto.

    Nesta sessão estiveram presentes quatro elementos; a justificação dada pelos que não estiveram presentes foram os testes para os quais tinham que estudar.

    Para esta sessão, estava programada a realização de um Role-Playing com o principal objetivo de treinar a mediação e identificar as principais caraterísticas do mediador. A atividade consistiu em fazer grupos com um número mínimo de 6 elementos, escolher uma situação/problema, escolher os papéis de cada elemento, sendo que 4 elementos as partes, 1 mediadores e os restantes observadores, entregar o guião de trabalho a cada elemento para estudo, proceder à representação e, no final, refletir sobre o processo, caraterísticas/competências do mediador em grupo, para, posteriormente, apresentar à turma.

    Como estiveram presentes, unicamente, quatro elementos, fizemos um grupo, sendo que um elemento ficou como mediador, dois como observadores e por fim, eu e o outro elemento fizemos o papel das partes. Optei por ficar com o papel das partes para que os observadores pudessem mais facilmente identificar as características do mediador, uma vez que eram mais e como se diz, duas cabeças pensam melhor do que uma. Esta estratégia permitiu também desenvolver melhor as competências do mediador, já que eu não facilitei a resolução do conflito, aliás, não se conseguiu resolver o conflito. No final, discutimos as caraterísticas/competências do mediador; nesta tarefa, tive necessidade de exemplificar algumas posturas de um mediador para que eles pudessem identificar, num processo de mediação, quais as mais corretas ou não.

    Apesar de estarem poucos elementos, penso que esta sessão foi produtiva, os formandos empenharam-se muito e levaram os seus papéis muito a sério, o que demonstra a motivação e interesse pelo tema. Aliás, logo no início da sessão, uma das formandas partilhou que, durante a semana, tinha servido de mediadora num caso entre duas amigas. Ela conseguiu com que essas duas amigas falassem e chegassem a acordo num conflito que tiveram por causa de uma bolsa. Contudo, a formanda sentia-se triste porque, apesar ajudado a resolvido o problema, segundo ela, as amigas nunca mais iam ter a mesma relação. Perante esta afirmação, respondi que o mais importante ela já o tinha feito, que foi conseguir que elas resolvessem o problema e ficassem a falar uma com a outra e, quanto ao resto, tinha que dar tempo ao tempo, porque nunca sabemos o que pode acontecer e elas poderiam voltar a ser as amigas que outrora foram. Este episódio fez-me refletir no meu papel de formadora e no gosto que é vencer estes pequenos desafios, pois, para mim, formação sem desafios não é formação; acredito que um formador alimenta-se dos êxitos na resolução dos problemas que vai encontrando, sejam eles tidos para muitos como insignificantes e, quanto mais esse “problema” (mesmo insignificante aos olhos de muitos) trouxer mudança e transformação para os intervenientes e sociedade, mais justifica a existência do papel do formador. Situações destas fazem-me acreditar no papel da educação onde, fazendo referência às várias conferências realizadas pela UNESCO, a educação é tida como motor de evolução e desenvolvimento do mundo e isto, acima de tudo, justifica o entusiasmo e apreço pela minha profissão.