Diário de Bordo 3
Dia 7 de maio de 2014
Nesta sessão, demos início ao módulo IV, referente à Mediação. Esta sessão, que tinha como grande objetivo o conhecimento, por parte dos formandos, acerca do processo de mediação e como é que este se desenrola, foi constituída por duas atividades, sendo a primeira referente às fases do processo de mediação e a segunda alusiva à prática da mediação propriamente dita, através do Role-playing (jogo de papéis).
Na primeira atividade, distribui aos dois formandos que foram à sessão cartões com os nomes das fases do processo de mediação e outros cartões com a descrição de cada uma dessas fases. Em conjunto, os formandos fizeram a correspondência entre o nome das fases do processo de mediação e a respetiva descrição de cada uma dessas fases. Colocaram as fases na forma correta de execução, consoante aquilo que para eles estava ou parecia mais correto, isto, porque, eles tiveram de fazer esta correspondência sem qualquer tipo de explicação da minha parte.
A resolução deste exercício foi feita de forma rápida pelos formandos, mas evidenciaram algumas dúvidas na ordem de execução das fases. No entanto, quando procedemos à correção e discussão desta atividade, constatei que os formandos conseguiram pôr as fases pela ordem correta. No que diz respeito à correspondência entre o nome de cada fase e a devida descrição, os formandos tiveram bastantes dúvidas e, por isso, a descrição não se encontrava nas fases corretas. Ao constatar tal facto, optei por apontar no quadro as fases, à medida que eles iam dizendo qual a 1ª fase, a 2ª fase e assim sucessivamente e expliquei-lhes o que era e o que se pretendia fazer em cada uma das fases, para que depois voltassem a reler a descrição das fases e pusessem no devido nome cada uma delas. Assim, os formandos tiveram menos dificuldades, apesar de errarem algumas. No final, em conjunto, fizemos uma síntese de todas as fases, onde eles explicaram o que deveria ser feito em cada uma delas.
Na segunda atividade, os formandos participaram num processo de mediação, no qual tiveram de desempenhar o papel de partes em conflito e eu fiz o papel de mediadora, para que pudessem observar e ouvir que tipo de perguntas é que eu fazia. Deste modo, após a explicação sobre como iriamos representar a sessão de mediação e todos os passos que deveríamos executar numa verdadeira sessão de mediação, procedemos à apresentação do Role-playing
Ao longo da representação, pude constatar que eles sabiam bem o seu papel enquanto partes, mas temiam em alargar a história da sua personagem para além do que estava descrito no papel que lhe entreguei com as respetivas personagens. Também constatei que fizeram um acordo entre eles de forma rápida, o que impediu que as histórias fossem mais detalhadas.
No final do Role-playing, refletimos em conjunto sobre as competências/características que um mediador deve possuir. As suas respostas foram ao encontro do perfil de um mediador, pois referiram a ajuda que o mediador deve fornecer sem tomar partido nem interferir no processo de mediação; possuir competências de comunicação e ser paciente.
A título pessoal, esta sessão de mediação foi enriquecedora, uma vez que pude voltar a treinar as minhas competências enquanto mediadora e desenvolver-me enquanto tal, em termos da capacidade para fazer as perguntas certas, no momento certo e não tirar partido por nenhuma das partes.
Penso que a sessão foi muito proveitosa e é de salientar o interesse e entusiasmo com que os formandos desenvolveram a segunda atividade. No fim da sessão, a própria história dos seus personagens levou-os a discutirem, de forma positiva, sobre coisas que cada um tinha dito sobre o outro.
O único aspeto menos positivo desta sessão foi a pouca adesão por partes dos formandos, mesmo daqueles que eram regulares na sua comparência às sessões e que demonstravam estar entusiasmados.